quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Os defensores de uso medicinal da maconha têm mais um argumento a favor deles. Pesquisa revela que, além de ser bem menos prejudicial do que cigarro, a maconha, em até certo nível de consumo, pode ser benéfico para os pulmões.
Pesquisadores americanos estudaram 20 anos de dados de mais de 5 mil adultos e chegaram à seguinte conclusão: quanto mais as cobaias fumavam, pior era seu fôlego e capacidade pulmonar.
Entretanto, aqueles que consumiam ao menos um cigarro de tamanho médio de maconha por dia, apresentavam fôlego e capacidade pulmonar levemente elevados até um certo nível.
A pesquisa surpreendeu até os médicos. Eles esperavam chegar à conclusão de que o tabaco é prejudicial aos pulmões, mas não à que chegaram em relação à maconha.
“Nossas descobertas sugerem que o uso ocasional da maconha para certos fins não pode ser associado a consequências adversas sobre a função pulmonar”, esclarece o médico e professor da Universidade de Epidemologia da Califórnia, localizada em São Francisco, Mark Pletcher.
Entretanto, conforme advertiu o mesmo professor, o uso excessivo da maconha ainda é prejudicial à saúde. “Por outro lado, nossos estudos sugerem que existe uma diminuição acelerada da função pulmonar quando se consume maconha habitualmente – seja pelo consumo muito frequente, ou durante muitos anos”.
Portanto, “é necessário prudência e moderação quando se considera o uso da maconha, seja em tratamentos medicinais, ou para consumo pessoal”, finaliza Pletcher.
A biologia da maconha
O conhecimento a respeito da neurobiologia da maconha vem mudando dramaticamente na última década. Foram descobertos dois tipos de receptores (estruturas orgânicas que se ligam aos componentes químicos da maconha e permitem sua ação dentro das células), que receberam o nome de CB1 e CB2, estes se localizam principalmente no cérebro e nas células do sistema imune.
Dentro do cérebro, estes receptores estão concentrados no sistema límbico, no córtex cerebral, no sistema motor e no hipocampo. Essas localizações explicam, em parte, os sintomas provocados pela maconha, como as alterações do estado mental, as mudanças de humor e as alterações da coordenação motora.
Seus efeitos sobre o sistema imune ainda não são bem conhecidos
Dentro do cérebro, estes receptores estão concentrados no sistema límbico, no córtex cerebral, no sistema motor e no hipocampo. Essas localizações explicam, em parte, os sintomas provocados pela maconha, como as alterações do estado mental, as mudanças de humor e as alterações da coordenação motora.
Seus efeitos sobre o sistema imune ainda não são bem conhecidos
O Uso Medicinal da Maconha (Cannabis sativa) O Uso Medicinal da Maconha (Cannabis sativa)
Em resposta à pressão pública para a aprovação do uso medicinal da maconha, o órgão responsável pelo controle de medicamentos dos Estados Unidos (the Office of National Drug Control Policy, Washington,DC) patrocinou um estudo realizado pelo Institute of Medicine, que teve como autores o Dr. Stanley J. Watson, o Dr. John A. Benson e a Dra. Janet E. Joy.
Este tinha como objetivo avaliar as evidências científicas dos benefícios e dos riscos do uso da maconha na medicina. Baseou-se em conhecimentos científicos e populares e foi validado por especialistas no assunto. O estudo foi publicado na revista Archives of General Psychiatry de junho de 2000.
A principal finalidade deste estudo foi determinar o que é verdadeiro e o que é falso a respeito do efeito terapêutico da maconha. Ele consiste em uma revisão sobre os mecanismos e locais de ação da droga, bem como, a eficácia e falhas de seu uso medicinal. Inclui também uma análise dos efeitos crônicos e agudos da maconha, sendo comparados os seus efeitos adversos com os de outras drogas já padronizadas.
Este tinha como objetivo avaliar as evidências científicas dos benefícios e dos riscos do uso da maconha na medicina. Baseou-se em conhecimentos científicos e populares e foi validado por especialistas no assunto. O estudo foi publicado na revista Archives of General Psychiatry de junho de 2000.
A principal finalidade deste estudo foi determinar o que é verdadeiro e o que é falso a respeito do efeito terapêutico da maconha. Ele consiste em uma revisão sobre os mecanismos e locais de ação da droga, bem como, a eficácia e falhas de seu uso medicinal. Inclui também uma análise dos efeitos crônicos e agudos da maconha, sendo comparados os seus efeitos adversos com os de outras drogas já padronizadas.
"Uso maconha como terapia", diz Ney Matogrosso
"Uso maconha como terapia", diz Ney Matogrosso
“Detesto aqueles Photoshops que deixam todo mundo igual, com cara de plástico.” Sem vergonha das rugas e dos efeitos da idade, Ney Matogrosso ainda simboliza, aos 66 anos, as máximas do rock’n roll: atitude, provocação e quadris. Em meio à turnê de seu show Inclassificáveis, o artista recebeu a reportagem da revista Rolling Stone e abriu o peito para falar sobre absolutamente tudo: drogas, homossexualismo, a relação conflituosa com o pai, AIDS e reviu seu namoro com Cazuza. “Ele foi um dos três grandes amores da minha vida. Eu tinha muito medo de relacionamentos. Com ele vi que era possível um relacionamento além do sexo”, conta. Esta foi a primeira seção Entrevista RS produzida no Brasil desde o lançamento da revista, em outubro de 2006.Por incrível que pareça, Ney tomou conhecimento sobre o homossexualismo na Igreja Católica, quando fez a Primeira Comunhão. “Ao me confessar, o padre logo perguntou: ‘Você já fez saliência com as meninas?’ Eu disse que não e ele emendou: ‘E com meninos?’ Então me perguntei ‘E pode?’”. Mas sem fazer nenhum julgamento do sacerdote. “Não sei porque ele me perguntou isso. Ele devia perguntar para todos os meninos”, reflete Ney. A opção sexual o deixou com a certeza de que era soropositivo na primeira vez em que fez o exame de HIV. “Eu tinha passado pela mão de vários que estavam doentes. Quando deu negativo, eu pedi a vários médicos uma explicação. Não tem.”
Se foi na Igreja que ele soube (mesmo que indiretamente) do homossexualismo, foi na Aeronáutica que Ney conheceu a maconha. “Era pra dar larica, todo mundo fumava pra conseguir comer, porque a comida era horrível”, diz. No serviço militar, porém, experimentou apenas uma vez. Mesmo tendo dito que não fumaria mais, acabou se rendendo aos efeitos reflexivos da erva e de drogas alucinógenas. “Sempre usei droga para abrir minha percepção. Quando tem uma dúvida, uso maconha como terapia. E aí aflora, porque a resposta está dentro de mim.”
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